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Biah Ramos – Nick Farewell

Tempo de leitura: 3 minutos

Biah Ramos: Brasileiro e coreano?

Nick Farewell: Brasileano (rs). Me considero duas nacionalidades de cada. Acredito que seja uma grande vantagem em conhecer e ter vivenciado duas culturas.

Biah Ramos: Nasceu onde?

Nick Farewell: Nasci em Chuncheon, capital do estado de Kyung-ki, Coreia do Sul.

Biah Ramos: Se considera mais brasileiro ou coreano?

Nick Farewell: Morando 2/3 da minha vida no Brasil, hoje, me considero mais brasileiro.

Biah Ramos: O título de seu livro, como teve à ideia de usar simplesmente “GO”?

Nick Farewell: Quando Demóstenes, o celebre orador grego, discursava, ninguém dizia “nossa, que discurso bonito”. Todos diziam, “Vamos destruir o Cartago!”. Eu queria escrever um livro que levasse as pessoas à ação. Por isso, o título GO. É um livro imperativo com finalidade de que as pessoas realizassem os seus desejos e perseguissem os seus sonhos.

Biah Ramos: Em vez de usar aventura você usou “Desventura” como surgiu essa ideia?

Nick Farewell: Eu acho que são duas coisas. Aventura e desventura. Na verdade, a vida é um grande paradoxo. Eu observo na totalidade. No fim, as duas coisas no sentido refletivo e de vivência significam as mesmas coisas. Tudo resulta na vida. E isso é uma grande aventura. Para alguns podem ser desventura. Dependendo de como você absorve, aprende e deseja seguir em frente para ter êxito.

Biah Ramos: Como surgiu a história do “DJ”?

Nick Farewell: Na época em que escrevi, 2003, 2004, bares de rock alternativo estavam em alta. E eu tinha desejo de incorporar a música como uma espécie de personagem. Inclusive, para entender melhor o personagem DJ, eu mesmo comecei a discotecar. Diria que eu virei o personagem depois. Posso dizer que eu vivi o livro e não o contrário.

Biah Ramos: Muitas pessoas me falaram que acharam a história como uma poesia concorda?

Nick Farewell: Sério? Não ouvi muito isso (rs). Mas se você está dizendo isso, agradeço. Eu acho que GO tem muito de prosa poética. Eu tentei me concentrar em tragicomédia. Ao descrever a vida em termos de tragicomédia, percebi que resvala muito na poética. É novamente o paradoxo da vida se manifestando. Na verdade, não é que a história é uma poesia. A vida é uma poesia.

Biah Ramos: A história é baseada em fatos reais?

Nick Farewell: Alguns sim, alguns não. O mais engraçado é que o que parece ficção e realidade e o que parece realidade é pura ficção. Acredito que uma das graças do livro é essa também. Você tenta adivinhar o que é real ou que é ficção. No fim, descobre e entende sobre a vida. E acredito que é isso é real.

Biah Ramos: Quantos livros você já escreveu?

Nick Farewell: Sete. Além de GO, Manual de sobrevivência para suicidas (poesia), Mr. Blues % Lady Jazz (romance). Uma vida imaginária (romance), Reversíveis (poesia). Não existem super-heróis na vida real (HQ) e Valdisnei Um Dois Três Quatro da Silva (Romance).

Biah Ramos: Qual livro que caiu no gosto do público?

Nick Farewell: É difícil dizer isso, no fundo, porque meus leitores são fiéis. Quase todos meus leitores fazem coleção dos meus livros (rs). Mas tudo começou realmente com GO. É um livro tão passional e impactante na vida dos leitores que eles fazem tatuagem do título.

Biah Ramos: Teremos outros lançamentos?

Nick Farewell: Sim. Eu já tenho dois livros prontos da trilogia de livros ilustrados. E penso em escrever um que se passa na pandemia. Fora isso, pasme, já tenho ideia para mais 9 livros.

Biah Ramos: Projetos futuros?

Nick Farewell: No momento, estou me concentrando em cinema e seriado. Mais especificamente, escrevendo roteiros. Já tenho um seriado em andamento que assinei o contrato com uma grande produtora e pretendo dar continuidade escrevendo histórias surpreendentes e relevantes para o público brasileiro e mundial. Estou empenhado em aumentar a audiência das minhas histórias, diversificando a minha atuação, inclusive, atuando no exterior.

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